terça-feira, 28 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO ANO NOVO PARA TODOS!



Um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo à todos e que seus sonhos e desejos se realizem em 2011 e em muitos outros anos que ainda virão!




Abraço à todos, obrigado pelas visitas e continuem acessando!!

domingo, 10 de outubro de 2010

Música erudita também é coisa de criança

Projeto leva obras de compositores como Beethoven, Mozart ou Carlos Gomes, entre muitos outros, a escolas de São Paulo. O público alvo são crianças e adolescente de 5 a 15 anos

Desvendar o mundo damúsica erudita para ascrianças. Esse é o objetivo da Camerata Callis, formada por 12 instrumentistas de corda (violino, viola e violoncelo), cujos músicos percorrem escolas públicas e privadas da cidade de São Paulo. O objetivo é levar a obra de compositores clássicos como Mozart, Brahms, Schubert, Beethoven ou Carlos Gomes, entre muitos outros, a crianças e adolescentes de 5 a 15 anos.


Durante as "aulas", que duram de 40 a 50 minutos, a maestrina Érica Hindrikson faz pausas entre as composições, para que os músicos expliquem sobre cada instrumento e apresente o som individual de cada um, além de explicar conceitos como "som grave" e "som agudo". "A maioria das crianças nunca tinha ido a um concerto. No geral, elas são bastante participativas, fazem perguntas. E quando acabam, sempre pedem mais", diz Érica, que tem um filho de 2 anos e o leva a concertos desde que ele tinha apenas 10 meses. "Quando ele ficava muito inquieto, era só dar uma volta fora da sala. Hoje em dia, ele assiste a apresentações inteiras, mesmo que cochile em alguns momentos", diz.

A maestrina dá algumas dicas para você levar seu filho pela primeira vez: se a criança começar a ficar inquieta, saia por alguns minutos da sala; sente-se em locais estratégicos, principalmente perto dos corredores (para não atrapalhar ninguém); leve alguma coisa para a criança se distrair, como gibis ou papel e lápis de cor. "Mesmo que a criança assista a apenas 20 minutos da apresentação, vale a pena. Aos poucos, ela vai se acostumando ao ambiente e à música. "

Erica tem 38 anos e começou a tocar piano quanto tinha 9. Ela afirma que as crianças podem, sim, aprender a tocar algum instrumento desde pequenas. Só não vale exagerar na cobrança. "O segredo é ir devagar, não comprar o instrumento logo no início. No caso do piano, é mais indicado comprar primeiramente um teclado e só depois, se o seu filho realmente continuar estudando, adquirir o instrumento. Minha família não era de músicos e, quando pedi para estudar piano aos 5 anos, precisei esperar, até que meus pais se convenceram de que eu realmente queria fazer aulas", afirma. Entre as aulas de piano e a Camerata, Erica se formou em Composição e Regência pela Unesp, atuou em festivais de arte e oficinas de música, além de reger diversas orquestras na América Latina.

sábado, 25 de setembro de 2010

Itzhak Perlman no Brasil!






Você já ouviu falar em Itzhak Perlman? Considerado por muitos (inclusive eu) o maior violinista da atualidade, é um dos mais aclamados solistas do cenário internacionacional, já tendo tocado à frente das mais importantes orquestras da Europa, como as Filarmônicas de Berlin e de Londres.
Paraplégico desde os 4 anos de idade, devido à poliomielite, Perlman transformou o violino no seu maior divertimento. Sempre negando o título de progídio musical, atribui seu virtuosismo ao trabalho duro de quem não tinha outra coisa a fazer senão se refugiar em acordes e melodias.
Esse ano, para felicidade dos amantes de boa música, poderemos disfrutar de apresentações de Itzhak. No dia 2 de novembro ele se apresentará no Teatro Municipal de Paulínia, em São Paulo. E no dia 15, é a vez do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Na minha opinião, um espetáculo imperdível, nem que seja para ser assistido da última galeria! E é melhor correr para comprar seus ingressos, eles estão se esgotando muito rápido. Eu já tenho o meu!

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Plantio de mudas ao som de música clássica


Começa neste sábado (16), às 14h30, no Parque Túlio Vargas, o plantio de 1700 mudas nativas, ao som de música clássica tocada por alunos e professores da 28ª Oficina de Música de Curitiba. É a maneira que a organização encontrou para neutralizar os efeitos do gás carbônico gerado durante o evento.

A prática vem sendo adotada por instituições do mundo todo, preocupadas com o meio ambiente. Em Curitiba, a ação acontece numa parceria entre a Fundação Cultural e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e vai tornar a Oficina de Música "Carbon Free" (carbono neutro).

O Grupo de Escoteiro Milton Horibe, organizados pelo seu presidente, Marco Ferruci ,e também o CRAS Vila Sandra, mantido pela Fundação de Ação Social, vão colaborar com o plantio.

Quem quiser participar como voluntário para ajudar neste trabalho, basta comparecer, às 14h30, na Casa do Escoteiro Milton Horibe, à Rua Maria Homann Wisniewski, 719, CIC, que fica no Parque Túlio Vargas. Sugere-se levar capa de chuva, boné, luva e ferramentas para o plantio. Outras ações como essa estão previstas até o final da Oficina.

A Oficina Verde, como já está sendo chamada, também teve a preocupação de distribuir camisetas feitas a partir de fibra de garrafas pet e sacolas montadas com material de "banners" publicitários reaproveitados de oficinas passadas.

Serviço: Plantio de Mudas Nativas na 28ª Oficina de Música de Curitiba
Local: Parque Túlio Vargas - Cidade Industrial de Curitiba - Entre as ruas João Dembinski, Maria Homann Wisniewski e Robert Redzinski.
Ponto de encontro: Casa do Escoteiro
Grupo de Escoteiro Milton Horibe
Rua Maria Homann Wisniewski, nº 719, CIC
Ônibus: Vila Sandra (sai da Praça Rui Barbosa) ou Capão Raso/Campo Comprido - no terminal Campo Comprido pega o Interbairros 4, que para em frente ao parque
Ponto de referência: CRAS Vila Sandra

Você pode acompanhar tudo que acontece na 28ª Oficina de Música de Curitiba nas mídias da internet: Sites, Blog, Twitter, Orkut, Flickr, Youtube. Fotos, vídeos, programação e muitas novidades estão disponíveis nos endereços:


terça-feira, 27 de julho de 2010

O melhor do trompete


O trompetista Flavio Gabriel Parro da Silva indica três músicas especiais para seu instrumento. O “Concerto de Brandemburgo N. 2”, de Bach; “Concerto para trompete em Mib Maior”, de Haydn; e “Sequenza X”, de Luciano Berio. Flavio Gabriel acumula uma conquista recente em sua carreira: ganhou o 2º premio no disputadíssimo Concurso Internacional de Trompete na cidade de Praga, na República Tcheca, dentro do famoso festival de primavera desta cidade. O feito é inédito: nenhum brasileiro havia alcançado esse prêmio em trompete. O Concurso de Praga é considerado um dos mais importantes no mundo.

Johann Sebastian Bach - "Brandemburgo No. 2 em Fá Maior"


Brandemburgo No. 2 é considerado ainda hoje como um dos concertos mais difíceis do repertório escrito para trompete. Poucos são os trompetistas que aceitam o desafio de tocá-la, e um número ainda menor os que realmente são capazes fazê-la. Alguns principais trompetistas de grandes orquestras sinfônicas possuem em seus contratos cláusulas exclusivas onde se recusam a tocar esse concerto.

O cenário é simples:

Primeiramente temos a utilização de um registro extremamente agudo. A existência de inúmeros concertos para o trompete no período barroco é explicada pela grande quantidade de virtuoses desse instrumento na época. Nenhuma dessas obras no entanto exige tanto do instrumentista. Isso nos leva a crer que Bach escreveu esse concerto tendo em mente provavelmente o mais virtuose de todos os trompetistas de seu tempo.

Resolvido o problema de extensão, agora é hora de fazer música de câmara. Como equilibrar o volume sonoro de um trompete tendo como companheiros de solo um violino, um oboé e uma flauta? Vale ressaltar que na grade do concerto as passagens solo do trompete estão em um registro sempre igual ou acima de todos os outros solistas.

O trompetista nessa gravação é o alemão Friedemann Immer. Constam em sua biografia mais de 200 apresentações, algumas delas com o trompete piccolo, mais utilizado atualmente, e outras com o trompete natural, o que aumenta em muito as dificuldades já mencionadas.

Desculpem se pareço exagerar, mas espero que na próxima vez que tiverem a rara oportunidade de assistir ao Brandemburgo No. 2 ao vivo vocês aplaudam o trompetista com bastante entusiasmo ao final do concerto, caso ele faça uma boa apresentação. Caso contrário, dêem-lhe um abraço, certamente será muito bem-vindo.


Clique aqui para assistir ao video recomendado no YouTube com o "Concerto de Brandemburgo N. 2 "


Joseph Haydn - "Concerto para trompete em Mib Maior"


Por diversos motivos o trompete no período clássico perdeu sua importância como instrumento solista. Não fosse o concerto de Joseph Haydn, o destino do trompete seria, no mínimo, bem diferente.

Atribui-se a Anton Weidinger, trompetista da corte vienense, o desenvolvimento de um trompete de chaves, um sistema próximo ao utilizado nos instrumentos de madeira. Esse sistema não somente permitiu ao trompetista tocar uma escala completa no registro grave do instrumento, fato até então impossível nos trompetes naturais utilizados, como também a execução de passagens cromáticas.

Gosto de imaginar a noite de estréia desse concerto. O boato de que Haydn havia escrito um concerto para um novo instrumento, deve ter atraído um público maior que o usual para essa apresentação. Anton Weidinger entra em cena com um instrumento pouco menor e com alguns dispositivos distintos, mas ainda assim parecido com os trompetes da época. O concerto começa. Logo nos primeiros compassos o solista toca um mi bemol, como se reforçasse a harmonia. Pouco depois, dois arpejos de si bemol com sétima. A platéia demonstra uma certa inquietação. As duas primeiras participações do trompete, além de mínimas não apresentam novidade alguma. A sonoridade, devido a construção do instrumento, também estava aquém da conhecida com os trompetes naturais. Passados mais de um minuto de introdução, o trompetista finalmente inicia a frase que mudaria para sempre a história de seu instrumento.

Nessa gravação temos o trompetista David Guerrier, vencedor do concurso Maurice André aos 15 anos de idade, principal trompista da Orquesta Nacional da França, viaja o mundo executando concertos para os dois instrumentos. Guerrier utiliza uma cópia do mesmo instrumento utilizado por Weidinger. É interessante notar a dificuldade de se tocar Haydn com esse instrumento.


Clique aqui para assistir ao video recomendado no YouTube com o "Concerto para trompete em mi bemol maior"


Luciano Berio - "Sequenza X - para trompete em dó e piano resonante"



Odiada por muitos, amada por poucos e ainda desconhecida da maioria dos trompetistas, essa obra é comparada ao Brandemburgo No. 2 de que falamos acima. A comparação é dada ao tremendo esforço fisíco exigido do instrumentista. Berio explorou praticamente todos os efeitos possíveis em um trompete moderno. Frullatos, doodle tongue e outros stacattos, os mais variados possíveis são alternados por toda a obra. A extensão do registro também é expandida, mas dessa vez, uma quarta abaixo do registro usual do instrumento e a variação dinâmica é constante de ppp a fff . O piano participa apenas como instrumento resonante, por isso, durante aproximadamente 15 minutos o trompetista está sozinho no palco com a difícil missão de transformar esse desafio em algo interessante para o ouvinte.

O trompetista e historiador italiano Gabriele Cassone, durante 2 anos, encarou a árdua missão de aprender essa obra, e tocá-la de memória. Com a ajuda de amigos entrou em contato com Luciano Berio e foi a sua casa apresentar o resultado de seu trabalho. Para frustração de Gabriele, Berio mostrou-se muito mais interessado em procurar o melhor lugar para se colocar o microfone que deveria amplificar a resonância do piano que em detalhes na parte do trompete. A gratidão do compositor foi demostrada depois com a indicação de Gabriele para todos os festivais e gravações que requisitavam essa obra.


Clique aqui para assistir ao video recomendado no YouTube com "Sequenza X"

domingo, 25 de julho de 2010

Abertas inscrições para concurso de música clássica


Estão abertas até o dia 6 de agosto as inscrições para o Prelúdio 2010 Concurso de música clássica organizado pela TV Cultura (Fundação Padre Anchieta). Da sexta edição do festival podem participar músicos instrumentistas de até 25 anos e cantores ou regentes de até 30 anos.No total, serão 60 selecionados que vão participar de uma audição, na qual serão escolhidos 24 para o concurso. Para conquistar o prêmio - uma bolsa de estudos na Alemanha, patrocinada pelo Instituto Goethe -, os candidatos terão que passar por oito eliminatórias, duas semifinais e uma final. Eles serão acompanhados por uma orquestra profissional sob regência do maestro Júlio Medaglia.




Para participar, basta ler o regulamento, preencher a ficha de inscrição no site www.tvcultura.com.br/preludio e enviá-la pelos correios para a produção do programa. Deverá ser acompanhada de uma apresentação própria em DVD da obra que o candidato deseja executar no programa e uma foto recente em tamanho 10x15. A ficha de inscrição deve ser enviada para a Rua Cenno Sbrighi, 378, no bairro da Água Branca. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

O poder da música clássica

A música clássica altera a frequência cardíaca dos pacientes em estado vegetativo, o que sugere que ela pode afectar os sistemas neuronais da emoção mesmo na ausência de consciência, refere um estudo publicado na revista "Clinical Neurophysiology".

Já se sabia que a música podia alterar a frequência cardíaca de pessoas saudáveis, mas neste estudo, liderado por Francesco Riganello, do Instituto Santa Anna, em Crotone, Itália, foi investigado que efeito poderia ter sobre pacientes em estado vegetativo.


Para o trabalho, os cientistas mediram o ritmo cardíaco de 16 pessoas saudáveis enquanto elas ouviam 4 músicas. A mesma experiência foi repetida com 9 pacientes em estado vegetativo. Os voluntários saudáveis também descreveram as emoções que sentiram enquanto ouviam as músicas.As peças, de 3 minutos cada e de diferentes compositores, foram escolhidas tendo em vista as diferenças de ritmo, factor que induz distintas emoções (tanto positivas quanto negativas).

A equipa verificou que a música afectou a frequência cardíaca da mesma forma nos dois grupos. As músicas consideradas "positivas" pelos voluntários saudáveis, como o Minueto do Quinteto para cordas em Mi Maior, de Boccherini, diminuíram a frequência cardíaca, enquanto as músicas descritas como "negativas", como a Sexta Sinfonia de Tchaikovsky, aumentaram a frequência cardíaca.

Segundo declarações de Francesco Riganello ao “NewScientist”, “acredita-se que os pacientes vegetativos estão isolados do mundo exterior, mas essa ideia pode estar incorrecta”.
Para o cientista, estudos anteriores realizados em pessoas saudáveis já tinham verificado que, quando ouviam a música de Boccherini, os voluntários ficavam mais relaxados e o mesmo poderá acontecer com os pacientes em estado vegetativo.


De acordo com Riganello, uma explicação para o facto de a música provocar emoções em pacientes em estado vegetativo pode estar nos sistemas límbico e paralímbico, que controlam as emoções, que podem permanecer activos mesmo depois de os pacientes sofrerem lesões cerebrais extensas.